Sabe aquela sensação de estar afogado em tarefas? De querer responder todos os e-mails, atender cada cliente, mas o dia só tem 24 horas? Pois é, já passei por isso. E aposto que você também.
Como criar funis de automação virou quase uma obsessão pra mim depois que vi meu amigo Pedro transformar completamente seu negócio. Ele passou de “respondedor de e-mails profissional” a dono de empresa com tempo para a família. Tudo graças a uns ajustes inteligentes na forma de se comunicar com os clientes.
Olha, não vou enrolar: muita gente tenta automatizar e acaba soando como aqueles telefonemas gravados que a gente desliga na hora. Sabe aquele “Prezado cliente, estamos entrando em contato para…” que dá vontade de jogar o telefone pela janela? Então. Não é disso que estamos falando aqui.

O que são esses tais funis e por que você deveria se importar?
Imagine ter um funcionário super dedicado. Ele trabalha 24 horas, não tira férias, não fica doente e ainda lembra de cada detalhe sobre seus clientes. Legal, né? Esse é seu funil de automação que realmente funciona.
Em palavras simples: um funil é um caminho que você cria para seus clientes seguirem, desde o primeiro “oi” até virarem fãs do seu trabalho. E o melhor? Tudo acontece no automático, enquanto você dorme, viaja ou curte um churrasco no domingo.
Quando bem feitos, esses funis:
- Te dão mais tempo livre (quem não quer isso?)
- Mantêm contato com seus clientes sem você precisar digitar cada mensagem
- Vendem por você (já acordei com vendas que aconteceram durante a noite!)
- Criam uma experiência bacana para quem se interessa pelo seu trabalho
Por que muita gente quebra a cara?
Vou ser sincero. Já recebi cada e-mail automático que dava vontade de chorar. Tipo aquele “Querido(a) cliente” que já entrega na primeira linha que é mensagem em massa.
O problema é que muita gente pensa só em vender, vender, vender. Aí esquece que do outro lado tem uma pessoa de verdade. Alguém com problemas reais, dúvidas e que só quer ser tratado como gente.
Como criar funis de automação que não dão vergonha
O segredo tá em criar algo que pareça uma conversa normal. Algo que, mesmo sendo automático, tenha aquele jeitinho humano que todo mundo gosta.
1. Conheça seu povo
Sério, não tem como fugir disso. Antes de criar qualquer mensagem, você precisa saber pra quem está falando.
O que deixa essas pessoas acordadas à noite? Quais são os sonhos delas? Do que elas têm medo?
Minha amiga Ana vende cosméticos naturais. Ela percebeu que muitas clientes compravam os produtos mas não sabiam usar direito. Em vez de mandar e-mails genéricos sobre promoções, ela criou uma sequência com dicas práticas de uso. Resultado? As vendas dela subiram que nem foguete.
2. Pense na jornada completa
É tipo planejar uma viagem pro seu melhor amigo. Você não ia só dar o endereço final e tchau, né? Ia explicar o caminho, os pontos interessantes, onde parar pra comer…
Seu cliente também precisa de um roteiro claro:
- Como ele te encontra pela primeira vez?
- O que faz ele querer saber mais?
- Que informação ajuda ele a decidir?
- O que convence ele a comprar?
- Como vocês mantêm contato depois?
Tenho um conhecido que dá aulas de violão online. Ele começa com um vídeo gratuito ensinando três acordes básicos. Depois, manda dicas semanais por e-mail, sempre contando alguma história engraçada de quando ele estava aprendendo. Quando finalmente oferece o curso completo, muita gente já se sente como se conhecesse ele há anos.
3. Escolha ferramentas que não te deem dor de cabeça
Tem um monte de programas por aí que prometem automatizar tudo. Alguns são mais simples, outros parecem painel de foguete espacial.
Se você tá começando, vai no mais simples mesmo. Mailchimp, ActiveCampaign, até o próprio Gmail com alguma extensão já resolve. O importante é escolher algo que você consiga usar sem querer jogar o computador pela janela.
Comecei com uma planilha e enviando e-mails eu mesmo. Nada sofisticado. Conforme fui crescendo, migrei para ferramentas mais completas. Cada um no seu tempo.
Conteúdo que parece que foi escrito só pra pessoa
Tá aí o pulo do gato. Como fazer seu texto não parecer aqueles panfletos genéricos que a gente joga fora sem nem ler?

Use o nome da pessoa, pelo amor!
É tão básico, mas faz tanta diferença! “Oi, Carlos! Vi que você se interessou por nossa aula de culinária” é mil vezes melhor que “Caro cliente”.
Além do nome, use informações que você tem sobre a pessoa. Se ela já comprou algo, mencione. Se clicou em um link específico, também.
Conte histórias em vez de só vender
A gente adora histórias desde criança. É assim que nosso cérebro funciona.
Em vez de dizer “Nosso curso de fotografia tem 10 módulos e mais de 50 vídeos”, conte algo tipo: “Semana passada um aluno me mandou uma foto que ele tirou depois da aula 3. Cara, fiquei arrepiado! Era uma imagem que muitos profissionais teriam orgulho de assinar.”
Viu a diferença? A segunda versão te faz querer saber mais, né?
Adapte conforme o comportamento da pessoa
Os funis mais matadores são aqueles que mudam de acordo com o que a pessoa faz.
Se alguém sempre abre seus e-mails de manhã cedinho, por que não programar para chegar nesse horário? Se clicou em um assunto específico, mande mais sobre isso.
Essa é a parte mais legal. É como ter uma conversa onde você realmente presta atenção no que a outra pessoa tá interessada.
Teste, erre, ajuste e repita
Vou te contar um segredo: ninguém acerta de primeira. Nem os grandes especialistas.
Fique de olho no que importa
Tem gente que se empolga com números que parecem impressionantes, mas que na prática não significam nada.
Por exemplo: ter 10 mil inscritos no seu e-mail é legal. Mas se ninguém abre suas mensagens, de que adianta?
Pense no que realmente importa para o seu negócio:
- Quer vender mais? Olhe quantas pessoas realmente compram.
- Quer engajamento? Veja quantas clicam nos seus links.
- Quer construir relacionamento? Conte quantas respondem suas mensagens.
Experimente coisas diferentes
Crie duas versões da mesma mensagem e veja qual funciona melhor. Pode testar:
- Títulos diferentes
- Horários de envio
- Tamanho das mensagens
- Tipos de imagens
- Jeitos de pedir a ação do cliente
É tipo receita de família: vai ajustando até ficar no ponto.
Erros que até eu já cometi (pra você não repetir)
Aprendi algumas lições na marra. Te conto aqui pra você economizar tempo e dinheiro:
Mandar mensagem demais
Ninguém gosta de abrir o e-mail e ver 10 mensagens da mesma empresa. É como aquele amigo que só aparece quando precisa de algo. Chato, né?
Respeite o espaço do seu cliente. Mande só o que realmente importa.
Não ter um objetivo claro
Já mandei e-mails bonitos que não levavam a lugar nenhum. A pessoa lia, achava interessante, mas… e daí? Não tinha um próximo passo claro.
Cada mensagem deve ter um propósito. Quer que a pessoa clique? Compre? Responda? Deixe isso bem claro.
Fazer tudo igual pra todo mundo
“Olá! Temos uma promoção incrível que vai interessar a você!”
Sério mesmo? Que promoção? Por que vai me interessar?
Quanto mais específico e personalizado, melhor. “Carlos, vi que você comprou uma câmera mês passado. Esse tripé está em promoção e combina perfeitamente com seu modelo.” Agora sim!
Só falar de venda
Se cada mensagem sua é “compre isso”, “aproveite aquela oferta”, logo a pessoa cansa. Misture conteúdo útil, histórias legais e, de vez em quando, uma oferta.
Exemplos que funcionam no mundo real

Vamos ver alguns exemplos práticos? Assim fica mais fácil visualizar:
Para quem vende produtos
- E-mail de boas-vindas quentinho depois da primeira compra, com algumas dicas de como usar o que a pessoa comprou
- Uma semana depois, sugestão de produtos que combinam com o que ela já tem
- Depois de uns 15 dias, um pedido gentil de avaliação
- Se não voltar em um mês, uma mensagem tipo “sentimos sua falta” com uma ofertinha especial
Para quem oferece serviços
- Um material gratuito útil em troca do e-mail
- Uma série de 3 mensagens com dicas valiosas sobre o assunto
- Um convite para uma consultoria rápida e gratuita
- Um acompanhamento baseado no que a pessoa demonstrou interesse durante a conversa
Para blogs e sites de conteúdo
- Um e-mail com os artigos mais populares para quem acabou de se inscrever
- Uma perguntinha simples sobre o que a pessoa mais quer aprender
- Conteúdo direcionado conforme a resposta
- Uma oferta que faz sentido com base nos interesses demonstrados
Fazendo suas ferramentas conversarem entre si
Uma dica de ouro: faça suas ferramentas se comunicarem. Parece complicado, mas hoje em dia é bem tranquilo.
- Seu sistema de e-mails deve saber quando alguém comprou algo
- Seu gerenciador de clientes precisa ser atualizado quando alguém abre uma mensagem importante
- Seu calendário pode se conectar com seu sistema de agendamento
Tem ferramentas como Zapier ou Make (antigo Integromat) que fazem isso sem você precisar ser um gênio da tecnologia. É quase como montar peças de Lego.
Pra finalizar: automação que realmente funciona é aquela com cara de gente
Olha, criar funis de automação não é sobre usar a tecnologia mais avançada ou truques espertos. É sobre usar ferramentas para criar conexões reais com mais pessoas.
A graça toda da automação é que ela te liberta das tarefas chatas e repetitivas. Assim você pode focar no que realmente importa: criar coisas boas e construir relacionamentos que duram.
Comece devagar. Teste bastante. E nunca se esqueça que do outro lado da tela tem uma pessoa de carne e osso. Alguém com sonhos, medos e perguntas. Trate essa pessoa bem, mesmo que seja através de mensagens automáticas.
Ah, e uma última dica que minha avó sempre dizia: “Melhor fazer pouco e bem feito do que muito pela metade.” Isso vale para funis também. Um bom funil simples bate um funil complexo mal feito qualquer dia.
Boa sorte! E se precisar de uma mãozinha, é só chamar.
Os principais pontos pra você não esquecer:
- Conheça de verdade quem é seu cliente antes de criar qualquer automação
- Planeje o caminho completo, da primeira mensagem até a fidelização
- Escolha ferramentas que você consiga usar sem complicação
- Personalize o máximo possível usando o que você sabe sobre cada pessoa
- Conte histórias que prendam a atenção em vez de só listar benefícios
- Adapte suas mensagens com base no comportamento real das pessoas
- Teste diferentes abordagens e vá melhorando aos poucos
- Não exagere na quantidade de mensagens
- Equilibre conteúdo útil com ofertas comerciais
- Faça suas ferramentas conversarem entre si para uma experiência fluida
E lembre-se: a melhor automação que realmente funciona é aquela que não parece automação! O objetivo final é que a pessoa do outro lado se sinta especial e bem atendida, como se você estivesse mandando aquela mensagem só pra ela naquele momento certinho. Quando você consegue esse equilíbrio entre tecnologia e toque pessoal, aí sim, meu amigo, você acertou na mosca!